Quem me conhece sabe que tenho uma relação bem saudável com o trabalho. Não que isso venha diretamente da mim, mas é que todo o começo da minha vida profissional foi moldada pelos conselhos de meu pai, que era meu gerente na época. Isso me trouxe uma dimensão sobre a vida profissional que eu jamais teria sozinho, ou demoraria muito tempo para aprender.

Mas desde que eu comecei a me interessar genuinamente pelo digital, por volta de 2020, eu sonhava em liderar um projeto, uma campanha, um funil, que fizesse seus 6, múltiplos 6 e 7 dígitos de faturamento.

Apesar de ver aquilo acontecendo na prática todo santo mês na minha frente, na agência em que eu trabalhava, nã me sentia parte integrante daquilo. No fundo, no fundo, eu não era nem um pouco responsável por aqueles resultados e na minha cabeça, isso colocava em cheque o meu potencial.

“Será que eu sou bom?”, “Será que também vou conseguir fazer isso um dia?”.

Até que nesse ano, um projeto que levantei do zero, junto com um cara que se tornou minha dupla de trabalho, finalmente bateu seus múltiplos 6 dígitos e chegaremos aos 7 no mês que vem.

O que isso gerou, então, na minha vida?

Nada.

Não literalmente. Eu aprendi, sim, agora me tornei um pouco mais independente. Mais líder e menos funcionário.

Só que la no fundo, achei que quando eu alcançasse esses marcos, alguma coisa a mais mudaria. E não mudou.

E pensando nesse fato, isso só prova que nenhum marco profissional (para aqueles que se dedicam) será tão especial assim.

É óbvio que muitas portas são abertas, muitas conexões importantes são estabelecidas. Você começa a ser visto por algumas pessoas que você admira. Mas não passa muito disso, não, viu?

Estou lendo essa parte final do texto agora e parece que ficou muito depressivo, parece que estou reclamando, mas não é isso. Eu sou muito grato a Deus pelo que Ele tem feito na minha vida. Eu estou exatamente onde quero estar, com as pessoas que sempre quis trabalhar.

Só quero que você não coloque expectativas demais sobre coisas que são passageiras. Isso NÃO significa que você não deva ser um faminto pelo resultado. Mas que essa fome deve continuar viva apesar das expectativas realistas.